As Forças Armadas não são a força moderadora que pensam ser, diz Lula

Presidente diz que não orientou GLO a não dar poderes ao general

Em café com jornalistas, Lula deixou clara sua desconfiança em relação às Forças Armadas | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Em café com jornalistas, Lula deixou clara sua desconfiança em relação às Forças Armadas | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

"As Forças Armadas não são a medida que pensam ser", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 12. A afirmação do PT ocorre após uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal devido a atos de vandalismo registrados no domingo, 8 em Brasília.

Segundo o PT, os militares têm um papel definido na constituição: "a defesa do povo brasileiro e a defesa de nossa soberania contra conflitos externos".

Lula revelou que conversou com comandantes do Exército sobre o papel das Forças Armadas em seu governo. "Eu disse aos comandantes: o que explica que a Comissão Geral vai cuidar do equipamento de votação eletrônica?" Qual é a lógica? Quem deve cuidar da democracia são os partidos, a sociedade."

Sobre as invasões de domingo em Brasília, o presidente disse que o Exército estava protegendo o acampamento com tanques e que ele havia sido convocado pelo general. "Os tanques protegiam o acampamento", disse ele. “O general me chamou para não entrar no acampamento à noite porque é perigoso.

O CEO disse estar esperando "a poeira baixar". Ele aguarda imagens internas da Praça dos Três Poderes para analisar o que de fato aconteceu, mas acusa o primeiro-ministro de astúcia.

"Ainda não conversei com as pessoas sobre isso", disse o candidato do PT. “Esperando a poeira baixar. Quero ver todas as gravações feitas dentro do STF, dentro do palácio. Havia muitas pessoas astutas. Tem muita gente das Forças Armadas mexendo aqui."

Pedido de garantia da lei e da ordem

Lula disse que rejeitou a GLO, que é uma prerrogativa do presidente da república e pode ser decretada nos casos de esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, porque significaria abdicar da responsabilidade e transferi-la para o general.

“Se eu fosse fazer um GLO, estaria assumindo a responsabilidade de abdicar da minha responsabilidade”, observou o presidente. "Desta forma, daria o golpe que o povo queria. Lula deixa de ser o governo para que algum general assuma. Qualquer um que queira assumir o governo deve concorrer às eleições e vencer. Por isso não quis fazer GLO. Tivemos que intervir com a Polícia do DF, porque eles são os responsáveis ​​pela segurança no DF. E quem paga os salários somos nós, o governo federal."


Fonte: revistaoeste

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