Advogado do ex-presidente disse que ele "sempre agiu de acordo com as quatro linhas da constituição"
O ex-presidente viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro | Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, negou o envolvimento de Bolsonaro nos atos de vandalismo ocorridos no domingo, 8, em Brasília. O zagueiro se apresentou na sexta-feira, 13.
“O presidente Jair Bolsonaro sempre rejeitou todos os atos ilegais e criminosos e sempre se manifestou publicamente contra tais atos ilegais, assim como sempre foi um defensor da constituição e da democracia. Durante seu governo, ele sempre agiu de acordo com as quatro linhas da constituição”, disse Wassef.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu incluir o ex-presidente no inquérito que apura a apuração e a autoria das manifestações que resultaram em episódios de vandalismo na capital federal. Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR argumentou que ao publicar o vídeo em 10 de janeiro nas redes sociais, Bolsonaro estaria atuando como mentor intelectual dos atos – o que caracterizaria incitação pública à prática de crime, conforme disposto no artigo 286 do Código Penal. A postagem foi removida no dia seguinte.
Segundo o subprocurador-geral da República, Carlos Frederic Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, a representação refere-se a factos que já estão a ser investigados no mesmo inquérito – “atos antidemocráticos”. Segundo Frederic Santos, o comportamento do ex-presidente deve ser investigado, mesmo que a publicação tenha ocorrido após as manifestações.
Wassef destacou que os infiltrados estavam promovendo atos de vandalismo e saques nas manifestações. “O presidente Bolsonaro nunca teve qualquer relação ou participação nesses movimentos sociais espontâneos realizados pela população”, acrescentou.
Fonte: revistaoeste