O objetivo é anunciar a decisão do presidente de destituí-lo
Arruda, na imagem, será substituído por Tomás Miguel Ribeiro Paiva | Foto: Divulgação/Comando Militar do Sudeste |
O Comandante do Exército, General Júlio César de Arruda, esteve em reunião com o Alto Comando das Forças neste sábado, dia 21. O objetivo da reunião foi anunciar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de impeachment.
Arruda atribuiu essa decisão às críticas recebidas pelos militares por uma suposta "falta de disposição" no combate aos atos de vandalismo registrados na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O general estava no Exército desde 28 de dezembro, antes da posse de Lula. A renúncia ocorre em decorrência da "crise de confiança" do PT com alguns militares. As tensões aumentaram após as manifestações.
Em 12 de janeiro, o presidente culpou os militares, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso pelas consequências da invasão do Palácio do Planalto. “Tenho convicção de que as portas do palácio do Planalto foram abertas para essas pessoas entrarem porque não vi a porta de entrada arrombada”, afirmou.
Nova era
Logo após o anúncio da renúncia de Arruda, o governo anunciou que o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva é o novo chefe do Exército.
Paiva, de 62 anos, chefia o Comando Militar do Sudeste desde 2021. Ele era o segundo na lista de generais que poderiam chegar ao comando do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Em 2019, Ribeiro Paiva assumiu o posto de General de Exército, o mais alto da carreira militar. Nessa época, ingressou no Alto Comando do Exército – órgão colegiado que delibera sobre assuntos de interesse da Força.
O comandante escolhido por Lula nasceu em São Paulo. Iniciou a carreira militar em 1975 na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Em 1981, foi declarado aspirante a oficial de infantaria.
Ribeiro Paiva serviu na missão no Haiti como vice-comandante do batalhão de infantaria Força e Paz. Em 2012, ele também liderou a Operação das Forças do Pacífico Arcanjo VI no Complexo da Penha e Alemão no Rio de Janeiro.
Comandou um batalhão da Guarda Presidencial em Brasília e atuou como assessor do Presidente da República durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele também serviu como conselheiro militar para o Brasil com os militares equatorianos.
Fonte:revistaoeste