O ex-ministro acredita que a responsabilidade de acalmar e reunificar o país é do novo presidente
Ex-ministro e ex-deputado Aldo Rebelo, durante entrevista à Rádio Bandeirantes | Foto: Reprodução/YouTube |
O ex-ministro dos governos petistas Aldo Rebelo (PDT) criticou o presidente Lula (PT). "Não vejo uma atitude de pacificação no novo governo", disse ele em entrevista à Rádio Bandeirantes três dias antes de sua posse.
Segundo Rebelo, o país está dividido e cabe ao novo governo promover a unidade. "E eu pergunto: o presidente Lula e seu partido em um terceiro mandato estariam dispostos a promover a paz entre os brasileiros, pacificar o país, reduzir o nível de conflitos?", ponderou. "O novo governo está disposto a apoiar o movimento necessário para que isso aconteça?"
Ele mesmo respondeu: “Em algumas circunstâncias, parece que a eleição continua, que ainda estamos vivendo um período eleitoral, um período de polêmica. O país dá sinais de que a construção da paz e da unidade não é uma prioridade para o futuro governo. Não estou otimista sobre os primeiros sinais."
Para Rebelo, que foi deputado federal pelo PCdoB por 20 anos, "o Brasil precisa de paz e união" e "sem isso não é possível retomar o caminho do crescimento, o caminho da justiça social e da democracia".
Também será praticamente impossível governar, disse o ex-ministro. “Reunir apoio político, energia intelectual e material para fazer o país crescer novamente em um país dividido, eu diria que não é difícil. Eu diria que é impossível."
Questionado sobre como pacificar o país, o ministro disse que foi "com gestos e palavras" e citou o ex-presidente Juscelin Kubitschek (1956-1961), que "sofreu duas tentativas de levante militar" e "anistiou os rebeldes". “Acho que estes gestos e estas palavras deviam partir do Governo”, disse Rebelo em entrevista à estação televisiva.
Fonte: revistaoeste