André Fernandes, Clarissa Tércio e Nikolas Ferreira são procurados pelo STF
Lira criticou parlamentares que relativizaram a invasão da Câmara | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados |
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira, 16 de junho, que não vê motivos para investigar os deputados federais eleitos André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Nikolas. Ferreira (PL-MG), que incitaria vândalos à invasão do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Não vi nenhum ato que confirme a investigação", disse Lira, referindo-se ao pedido do Ministério Público Federal encaminhado ao STF na quarta-feira, 11. Os pedidos de investigação foram tornados públicos até seis meses antes dos atos de vandalismo .
Deputados eleitos são alvo de petição do grupo Prerogativas, que pretende impedir a posse de deputados, acusando-os de quebra de decoro parlamentar ao "apoiar" ataques aos Três Poderes.
Ao ser questionado se o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia ser o responsável pelas manifestações em Brasília, Lira respondeu que era responsável apenas por si mesmo. "Cada um é responsável pelo que faz", afirmou o presidente da Câmara. “Meu CPF é um, o do Presidente é outro. Devemos ter calma, explorar todos os aspectos. Qualquer pessoa que tenha cometido e contribuído para esses atos de vandalismo deve ser severamente punida”.
Lira destacou que os deputados que relativizarem a gravidade ou negarem o saque da cadeira dos Três Poderes, principalmente da Câmara dos Deputados, serão chamados a se explicar. “Os parlamentares que denegrirem os vídeos e disserem que houve inverdade nos ataques sofridos pela Câmara serão responsabilizados”, alertou. "Todo mundo viu as cenas horríveis, violentas e muito graves. Terão de ser responsabilizados, porque um deputado eleito não pode publicar factos que não correspondam à realidade.
Fonte: revistaoeste