Presidente se refere ao impeachment de Dilma Rousseff
Na quarta-feira 25, Lula ainda chamou o ex-presidente Michel Temer de 'golpista' | Foto: Ricardo Stuckert/PR |
A Procuradoria de Defesa da Democracia, proposta pelo governo do presidente Lula, ignorou os apelos do PT pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Na última semana, o presidente se referiu ao processo de destituição de Dilma como um "golpe de Estado". O órgão deve se responsabilizar por ações futuras contra quem disseminar informações falsas ameaçando "contra a democracia" nas redes sociais.
O jornal O Estado de São Paulo pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) explicações sobre as declarações de Lula. A AGU é quem vai abrigar o órgão criado pelo governo do PT. O caso pode ser classificado como fake news porque o processo de impeachment de Dilma foi totalmente constitucional.
A narrativa do "golpe" também está se institucionalizando entre os órgãos do governo. Em 13 de janeiro, o site do Palácio do Planalto considerou a renúncia de Dilma um "golpe". Na época, o PSDB entrou na Justiça para contestar o governo.
"Afirmar que o impeachment de Dilma constituiu um 'golpe' é um ato desprovido de veracidade", argumentava a manchete. "Um golpe de estado no sentido político é aquele em que os representantes eleitos são destituídos do cargo fora das regras estabelecidas na constituição."
Na quarta-feira, 25, Lula também chamou o ex-presidente Michel Temer de "golpe" durante visita oficial ao Uruguai. No entanto, Temer usou as redes sociais para zombar do discurso do presidente: "uma feliz coincidência", respondeu.
A nova direção da AGU, comandada pelo ministro-chefe Jorge Messias, foi contatada duas vezes pelo ofício O Estado de São Paulo, só retornou no último pedido, feito na sexta-feira, 27. Atualmente, um grupo de trabalho constituído para discutir sua regulamentação está em andamento", disse Messias .
Fonte: revistaoeste