Segundo Alexandre Conceição, um dos líderes do movimento, o Incra é um dos alvos dos sem-terra.
MST quer cargos no governo Lula | Foto: Divulgação |
Alexandre Conceição, uma das principais lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que o grupo está negociando cargos-chave na segunda instância do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Bojovník também está trabalhando para conseguir membros patrocinados nos conselhos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Em entrevista ao site Brasil de Fato nesta segunda-feira, 16, Alexandre disse que "disponibilizaria" os nomes técnicos para os cargos da diretoria do Incra. Historicamente, o MST forma a base social dos governos de transporte público.
Conceição aponta que a prioridade dos esquerdistas era restaurar o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra. “Precisamos desmilitarizar o INCRA e fazer com que o órgão volte a regularizar a distribuição de terras”, afirmou. "Para combater a fome, você precisa de comida, e para ter comida, você precisa de terra."
As negociações estão em andamento com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, atual secretário-geral do PT. "Queremos que os conselhos sejam preenchidos por pessoas que tenham capacidade política e técnica para dar conta desse grande programa", enfatizou.
O dirigente criticou algumas alianças do governo de Lula. “Ganhar o segundo turno significou que tivemos que ampliar nossas alianças, o que aumenta a dificuldade de um programa mais voltado para agendas progressistas, porque tivemos que fazer alianças com a direita liberal, que representa o agronegócio, os latifundiários e defende as ideias do setor privado. " , ele notou.
Conceição também defendeu a desapropriação de terras. “Está nas diretrizes do plano de governo Lula fazer a reforma agrária agroecológica, que é a pauta do MST”, enfatizou o lutador.
Fonte: revistaoeste