A secretaria nega a informação
O cacique Serere Xavante, detido na sede da PF, depois de se manifestar contra o presidente eleito, Lula (PT) - 12/12/2022 | Foto: Reprodução |
Sueli Xavante, esposa do cacique Serere, disse que o marido teve uma parada cardiorrespiratória na prisão. O líder indígena está preso desde 12 de dezembro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por participar de protestos contra o presidente Lula (PT).
“Tenho medo que aconteça alguma coisa, que ele morra na prisão”, disse Sueli em vídeo divulgado nas redes sociais nesta terça-feira, 3 de março.
Em nota divulgada após a denúncia, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (DIP) da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária negou que o chefe Serere tenha sofrido uma parada cardiorrespiratória.
"Isso foi verificado pelo DIP e às 21h48 do dia 3 de janeiro de 2023, o interno está em perfeita saúde", disse a agência. “Desde que entrou no sistema prisional, o detento já recebeu quatro consultas da equipe de saúde, incluindo tratamentos realizados de acordo com os costumes indígenas”.
Prisão do Chefe Serere
Para prender a liderança indígena, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na decisão, Moraes insistiu na “necessidade de garantir a ordem pública, face aos indícios da prática dos crimes de ameaça, perseguição e absolvição coerciva do Estado Democrático de Direito”.
Ao analisar o pedido da PGR, o ministro avaliou que o comportamento do indígena representava riscos para a sociedade. “Restringir a liberdade do investigado com ordem de prisão temporária é a única medida que pode garantir a integridade da investigação”, argumentou.
Segundo a Polícia Federal (PF), Serere participou de "manifestações antidemocráticas" em vários locais de Brasília, como Congresso Nacional, Aeroporto Internacional de Brasília, Park Shopping e Esplanada dos Ministérios.
A PGR entendeu que Serere usava sua posição de cacique do povo Xavante para recrutar militantes e incitar manifestações. “A manifestação, em tese criminosa e antidemocrática, teve o claro intuito de incitar a população a tentar, por meio de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito e impedir a posse do Presidente e do Vice-Presidente do a República. eleito", afirmou a PGR.
Fonte:revistaoeste