O senador quer que a CPI abra a "caixa-preta" das ONGs na Amazônia

Segundo Plínio Valério, essas organizações recebem bilhões de dólares

Plínio Valério critica a atuação de ONGs ambientalistas no Brasil | Foto: Reprodução/TV Senado

Plínio Valério critica a atuação de ONGs ambientalistas no Brasil | Foto: Reprodução/TV Senado


O senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou nesta quinta-feira, 19 de outubro, que vai exigir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) composta por organizações não governamentais (ONGs). O MP acredita que a investigação pode abrir a "caixa-preta" das organizações não-governamentais que atuam na Amazônia.

Valério apresentou candidatura à CPI em 2019. Agora que Luiz Inácio Lula da Silva voltou à presidência, o parlamentar diz que a comissão “está mais relevante do que nunca”.

Durante participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, solicitou doação de R$ 500 bilhões aos países ricos. O dinheiro seria usado para "proteger o meio ambiente". Marina também conheceu o filho de George Soros, um dos maiores doadores de ONGs de esquerda no Brasil.

Em entrevista exclusiva ao Oeste, Plínio disse que o requerimento para abertura da CPI tem todas as assinaturas necessárias. "Eu cobro o Rodrigo Pacheco dia e noite", disse o deputado.

— Senhor senador, o que falta para abrir a CPI?


Apresentei o requerimento em 2019. O requerimento foi lido em março de 2020. O requerimento só se torna válido após a leitura em plenário pelo Presidente da Câmara. Quem leu o pedido foi Davi Alcolumbre. O que faltou a Alcolumbre é o que falta a Pacheco: um líder árbitro. Líder de bancada, líder partidário para indicar seus representantes na CPI. Davi nunca fez e nem Rodrigo Pacheco nesses dois anos. Há apenas uma promessa de liderar e não de liderar.

— Qual é o objetivo da CPI?


Queremos saber quanto dinheiro essas ONGs recebem, de quem recebem, por que recebem, de quem obtêm, o que fazem com o dinheiro e se são responsáveis. Com base nos relatórios do Tribunal de Contas da União, o ministro Vital do Rêgo, que é auditor de 18 ou 20 convênios dessas ONGs, constatou que 100% delas destinam 85% do valor total recebido à sua diretoria. Em outras palavras, é um modo de vida para eles. Luiz Henrique Mandetta, quando assumiu o Ministério da Saúde, condenou que em 2018 foram gastos R$ 1,5 bilhão com quatro ONGs. Essas organizações estão na Amazônia e estão manchando a imagem do país. Queremos saber para onde vai o dinheiro do fundo Amazônia.

— Você tem uma estimativa de quanto mais ou menos essas ONGs receberam?


Tem ONGs que faturaram R$ 14 milhões, R$ 17 milhões do Fundo Amazônia e ainda não abriram contas. Então nós queremos saber. A ONG CPI está pronta para ser instalada. Resta ao presidente do Senado enviar uma carta aos líderes das bancadas, selecionar e propor seus representantes. Algumas dessas ONGs estão comprando terras no Amazonas, em municípios ricos em minérios.



Fonte: revistaoeste

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