O senador teve um desempenho muito além das expectativas
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O senador Rogério Marinho e aliados, durante a votação para presidente do Senado - 02/02/2023 | Foto: Wallace Martins/Estadão Conteúdo |
Apesar de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter sido reeleito para o cargo, nesta quarta-feira o 1º ex-presidente Jair Bolsonaro a Lula em 2022.
A contagem registrou 49 votos para Pacheco e 32 para Marinha (mais de um terço da Câmara). Em 2020, na disputa pelo comando da Câmara com Simone Tebet (MDB-MS), Pacheco conquistou o apoio de 59 senadores contra 21 candidatos adversários.
No duelo contra Rogério Marinho, Pacheco esperava uma diferença de pouco mais de 20 votos, o que não aconteceu. De forma inédita, o presidente do Senado contou com a ajuda do PT para obter mais 17 votos que garantiram sua vitória. Isso porque o governo Lula liberou cargos de segundo escalão para converter votos. Lula também liberou ministros para irem ao Senado ajudar Pacheco, inclusive o juiz Flávio Dino.
Graças a isso, a oposição tem de sobra para pedir a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito, que exige, por exemplo, 27 assinaturas. Ele também pode pressionar o Bureau por um comitê na Câmara, embora isso não seja muito relevante. Além disso, o número de votos que Pacheco recebeu é o limite necessário para aprovar a proposta de emenda constitucional. Então, se houver dissidência na base do governo, será preciso lidar com a oposição.
"Conforme o governo avança, nossa função é fiscalizá-lo", disse Marinho após a derrota. “É um contraponto. Trata-se de iniciar uma discussão. Essa é a dinâmica do próprio Congresso Nacional dependendo das ações que o governo tem que tomar.
Marinho também sugeriu que o governo do PT trabalhou nos bastidores para eleger Pacheco. O senador não deu detalhes.
Fonte: revistaoeste