Uma declaração foi feita para convencer o STF a liberar o grupo que levou os manifestantes a Brasília no dia 8 de janeiro.
Ônibus apreendidos pela PRF logo depois dos atos de 8 de janeiro | Foto: Divulgação/PRF |
Manifestando-se no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro para pedir a liberação de um ônibus apreendido para transporte de pessoas ao Brasil, a Flecha Tur, de Mato Grosso, disse que também presta serviços de transporte a militantes do PT e que opera sem ideologias, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.
Segundo a empresa cujo veículo foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sorris (MT), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o mesmo ônibus transportava pessoas de Mato Grosso para a posse de Lula, no dia 1º de janeiro.
A empresa também informou ao STF que já havia alugado veículos para transportar militantes do PT à vigília do Lula Livre, montada em frente à Polícia Federal em Curitiba, onde o atual presidente ficou preso por 580 dias após ser condenado por crimes investigados pela Operação Lava Jato
Com as informações, a empresa pretende convencer o ministro de que não participou das manifestações, mas apenas foi contratada para isso. A Flecha Tur e outras transportadoras têm solicitado a liberação dos veículos, pois sem ônibus para integrar a frota de veículos, têm prejuízos.
Flecha Tur disse na manifestação que age “sem conotações ideológicas ou partidárias” e proporciona a todos “tratamento igualitário independentemente de gênero, raça, religião ou orientação política”. Reinaldo Ortigara, advogado da empresa, disse ao Folho que a Flecha Tur "atua sem paixão partidária", tanto que seria a única a fornecer veículos para a posse de Lula. "Alguns comerciantes se recusaram a levar petistas ao Brasil", disse.
Só no Distrito Federal, a PRF apreendeu 30 ônibus, mas depois de 8 de janeiro, pelo menos 50 foram apreendidos em outros estados nos dias seguintes.
Fonte: revistaoeste