Ex-ministro da saúde diz que Bolsonaro não tomou vacina contra covid

Segundo Marcelo Queiroga, o ex-presidente já estava em Brasília, em São Paulo, no dia da suposta imunização

Ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga: 'No dia [da suposta vacinação], ele já estava em Brasília' | Foto: Agência Brasil

O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado, 18, que o ex-presidente Jair Bolsonaro não tomou a vacina contra a covid-19. O ministro Vinícius Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU), afirmou nesta sexta-feira, 17 de dezembro, que o cartão de Bolsonaro contém registro da vacina contra a covid.

Segundo ofício da CGU ao Ministério da Saúde, há registro de 19 de julho de 2021 da vacina Janssen no bairro Perus, em São Paulo.

Queiroga disse à CNN que Bolsonaro não tomou a vacina e que o cadastro no cartão pode ter sido feito por um hacker. “Bolsonaro nunca diria que não tomou a vacina quando tomou. Eu nunca faria isso. Bolsonaro toma a vacina secretamente, ela não existe. Na minha opinião, um hacker entrou lá e forneceu essa informação”, disse o ex-ministro.

Segundo ele, o Ministério da Saúde identificou uma possível violação da carteira de vacinação de Bolsonaro em dezembro e informou a CGU. O então Controlador-Geral da União, Wagner Rosário, abriu inquérito na época. A contagem começou em 30 de dezembro.

Queiroga disse ainda que no dia da suposta vacina, Bolsonaro já estava no Brasil depois de passar vários dias internado na capital São Paulo devido a uma obstrução intestinal. “No dia [da suposta vacinação, 19 de julho de 2021], ele já estava no Brasil. Era impossível o presidente tomar a vacina”, disse o ex-ministro.

Desde a semana passada, a CGU indicou que vai desclassificar a carteira de vacinação de Bolsonaro e permitir que o Ministério da Saúde disponibilize os dados a quem solicitar por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mesmo com o entendimento de que dados relativos a entidades privadas a vida é confidencial. No entanto, ele agora recuou e anunciou uma investigação sobre possíveis fraudes.



Fonte: revistaoeste