Este não é o primeiro escândalo envolvendo Juscelino Filho
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Em janeiro deste ano, o ministro de Lula foi acusado de usar R$ 5 milhões das emendas de relator para pavimentar uma estrada que passa em frente da sua fazenda, no Maranhão | Foto: Reprodução/Twitter |
Juscelino Filho, ministro das Comunicações, utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e recebeu diárias pagas pelo governo Lula para participar de leilões de cavalos de corrida. Os animais valem mais de R$ 1 milhão. A informação foi publicada nesta segunda-feira, 27, pelo jornal O Estado de S. Paulo.
No dia 26 de janeiro, o ministro voou de Brasília para São Paulo. Na ocasião, Juscelino Filho disse tratar-se de uma viagem "urgente". Os compromissos oficiais do ministro nos dias 26 e 27 foram de duas horas e meia: 1h30 na sede da operadora Claro, 30 minutos na Telebras (ambas dia 26) e uma hora na Anatel (dia 27).
Na tarde do dia 27 e no fim de semana, o ministro pôde se dedicar a atividades pessoais. Segundo o Estadão, ele “aconselhou compradores de animais, promoveu um de seus cavalos de corrida, recebeu uma premiação no 'Oscar' para vaqueiros e inaugurou uma praça em homenagem a um dos cavalos de seu sócio. Tudo foi pago com dinheiro dos contribuintes.
Juscelino recebeu diárias por quatro dias e meio no valor de R$ 3 mil e usou o avião da FAB, economizando R$ 140 mil – valor que teria de pagar se o ministro tivesse gasto seu próprio dinheiro em um jato particular.
Há um decreto presidencial que estabelece as circunstâncias em que um ministro de Estado pode utilizar um jato da FAB: em casos de emergências médicas, por questões de segurança e em viagens de negócios - neste último caso o ministro deve registrar a atividade na agenda oficial que você estará presente.
Caso fique comprovado na Justiça que o ministro utilizou a aeronave sem autorização, ele poderá ser responsabilizado por improbidade administrativa em decorrência da utilização de estrutura do Estado em benefício próprio.
Este não é o primeiro escândalo envolvendo Juscelino. Em janeiro deste ano, o ministro Lula foi acusado de usar R$ 5 milhões das emendas do relator para pavimentar a estrada que passa em frente à sua fazenda no Maranhão. Além disso, foi acusado de desviar pouco mais de R$ 500 mil do fundo eleitoral.
Fonte: revistaoeste