Ministro do Trabalho volta a defender fim do saque anual do FGTS

Luiz Marinho afirma que vantagem "é a isca que atrapalha o setor"

Ministro defendeu a revisão da reforma trabalhista | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ministro defendeu a revisão da reforma trabalhista | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticou o saque anual do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nesta segunda-feira, 13, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para Petista, a desistência é uma “isca que atrapalha a indústria” armada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

Marinho disse que o FGTS tem duas funções: a primeira é financiar investimentos em habitação e saneamento; segundo, "ajudar o trabalhador na desgraça do desemprego". "Temos que acabar com o saque anual do Fundo de Garantia", disse. “Gostaria de pedir o apoio de vocês nesse debate porque sou muito atacado por pessoas do chamado mercado. Mas aqui somos um mercado, não somos?

Marinho foi apoiado pelo diretor sindical da Fiesp, Paulo Henrique Schoueri, que disse que a entidade já havia se oposto à medida. “Somos contra a retirada por 'n' razões porque tenho a mesma visão”, refletiu. Eu, e não a secretaria sindical, que o recesso anual foi instituído com uma finalidade específica: caso o trabalhador tenha necessidade em seu desligamento. Se servir por vários motivos, perderá sua razão de ser.”

O diretor do sindicato destacou que a indústria da construção civil está reagindo à possibilidade de eventuais saques de recursos do FGTS, por serem uma importante fonte de financiamento imobiliário.

Retórica de golpe


Durante o evento, o ministro voltou a chamar de “golpe” o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Abordando o tema da reforma trabalhista aprovada em 2017, Marinho prometeu que não revogaria alguns pontos da reforma, mas a reformularia. O objetivo é propor um modelo CLT alternativo para trabalhadores de plataformas como Uber, 99 e iFood. “A palavra revogar não é apropriada; é rever o que foi feito, observar os excessos de trabalho inseguro e fazer correções”, frisou.



Fonte: revistaoeste

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