O ex-presidente disse que o imóvel seria tombado pelo patrimônio público
Bolsonaro disse que não cometeu nenhuma ilegalidade | Foto: Divulgação/Agência Brasil |
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se pronunciar sobre a denúncia de que a Arábia Saudita enviou joias para uso pessoal à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em entrevista ao SBT neste domingo, 5, o ex-CEO afirmou que está sendo crucificado por algo que não conseguiu.
“Alguns jornais maliciosamente disseram que eu tentei trazer joias ilegais para o Brasil”, disse Bolsonaro. "Isso não existe."
O ex-presidente disse que não enviou nenhuma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar as joias. "Nunca abusei de autoridade com ninguém", disse ele. "Nunca paguei pastelaria com cartão de empresa. Agora eu posso te mostrar o extrato de 48 meses. Você não pode me comparar com o Lula."
"Nunca pratiquei ilegalidade"
No sábado, 4, Bolsonaro disse que não havia cometido nenhuma ilegalidade neste caso. “Olhe para o meu cartão de visita pessoal. Nunca coletei ou paguei um centavo”, disse ele.
Conforme mostrou Oeste, os sauditas enviaram um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes, avaliados em cerca de R$ 20 milhões, ao governo. O então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, recebeu as joias.
Explicação de Albuquerque e Wajngarten
Após desembarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP), no dia 26 de outubro de 2021, um dos conselheiros de Albuquerque foi impedido de aceitar doações porque os valores ultrapassavam R$ 1.000. A Receita Federal (RF) obriga os brasileiros a declarar ao Tesouro todos os bens cujo valor exceda esse valor.
Albuquerque disse que só soube dos presentes depois de chegar ao aeroporto. Até então, a caixa do item estava lacrada. Segundo o ex-ministro de Minas e Energia, nem as autoridades da Arábia Saudita informaram o que havia nas embalagens. Devido à exigência de pagamento de imposto de importação e multa, os itens foram deixados na RF.
Por exemplo, um documento divulgado pelo ex-secretário Fabio Wajngarten mostra Albuquerque agradecendo à Arábia Saudita. No texto, os militares dizem que as peças serão “incorporadas ao acervo oficial brasileiro”.
Fonte: revistaoeste