Dino manda PF investigar caso de joias supostamente enviadas a Michelle Bolsonaro

O ministro da Justiça e Segurança Pública menciona a possibilidade de "crimes contra a administração pública"

Flávio Dino encaminhou a solicitação à PF nesta segunda-feira, 6 | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Flávio Dino encaminhou a solicitação à PF nesta segunda-feira, 6 | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu à Polícia Federal (PF) que investigue o caso de joias supostamente enviadas pela Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O pedido, protocolado nesta segunda-feira, 6, menciona a possibilidade de crimes contra a administração pública.

Segundo Dino, o ex-chanceler e seus assessores teriam transportado as joias de forma irregular. A Polícia Federal (PF) apreendeu mercadorias que deveriam ser entregues à ex-primeira-dama e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Segundo os documentos, várias providências foram tomadas nos meses seguintes visando a liberação das joias, que estavam sob a administração da Receita Federal”, afirma o documento.

Esclarecimento


Bolsonaro voltou a falar sobre a denúncia. No domingo, dia 5, em entrevista ao SBT, o ex-presidente afirmou que está sendo crucificado por algo que não conseguiu.


“Alguns jornais maliciosamente disseram que eu tentei trazer joias ilegais para o Brasil”, disse Bolsonaro. "Isso não existe."

O ex-presidente disse que não enviou nenhuma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar as joias. "Nunca abusei de autoridade com ninguém", disse ele. "Nunca paguei pastelaria com cartão de empresa. Agora eu posso te mostrar o extrato de 48 meses. Você não pode me comparar com o Lula."

No sábado, 4, Bolsonaro disse que não havia cometido nenhuma ilegalidade neste caso. “Olhe para o meu cartão de visita pessoal. Nunca coletei ou paguei um centavo”, disse ele.

Conforme mostrou Oeste, os sauditas enviaram ao governo um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes no valor de cerca de R$ 20 milhões. A joia foi entregue ao então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

A explicação de Wajngarten


Após desembarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP), no dia 26 de outubro de 2021, um dos conselheiros de Albuquerque foi impedido de aceitar doações porque os valores ultrapassavam R$ 1.000. A Receita Federal (RF) obriga os brasileiros a declarar ao Tesouro todos os bens cujo valor exceda esse valor.

Albuquerque disse que só soube dos presentes depois de chegar ao aeroporto. Até então, a caixa do item estava lacrada. Segundo o ex-ministro de Minas e Energia, nem as autoridades da Arábia Saudita informaram o que havia nas embalagens. Devido à exigência de pagamento de imposto de importação e multa, os itens foram deixados na RF.

Por exemplo, um documento divulgado pelo ex-secretário Fabio Wajngarten mostra Albuquerque agradecendo à Arábia Saudita. No texto, os militares dizem que as peças serão “incorporadas ao acervo oficial brasileiro”.



Fonte: revistaoeste

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