A manobra de Lula para combater a CPMI

Governo busca aliados para integrar a liderança da comissão

Os senadores Renan Calheiros e Omar Aziz são cotados pelo governo para integrar CPMI | Foto: Foto: Reprodução/Agência Senado
Os senadores Renan Calheiros e Omar Aziz são cotados pelo governo para integrar CPMI | Foto: Foto: Reprodução/Agência Senado

O governo está lutando para fechar acordos para assinar nomes "críveis" para a futura Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) nas leis de 8 de janeiro.

Os nomes preferidos para entrar no colégio são os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL). O governo ainda estuda os relatórios Humberto Costa (PT-SP) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ambos fizeram parte da mesa da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Covid no Senado em 2021. Existe a possibilidade de um dos senadores assumir o cargo de relator da CPMI caso o cargo de presidente do colégio permaneça com a Câmara dos Deputados.

Anteriormente, a Oposição havia se oposto ao CPMI proposto nos Atos de 8 de janeiro, agora o executivo mudou de ideia e decidiu "apoiar" a comissão. No entanto, o Planalto busca estratégias para defender o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A mudança de postura ocorreu esta semana depois que fotos do então ministro-chefe da Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, surgiram, circulando entre os manifestantes no dia 8 de janeiro.

O caso derrubou o ministro de Lula, homem de confiança do presidente. Na sexta-feira, 21, o general prestou depoimento à Polícia Federal.

"Estou surpreso", diz general Dias sobre declaração de Lula


O general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do GSI, disse ao Oeste que ficou "surpreso" com as declarações do presidente Lula sobre as pinturas internas do Palácio do Planalto.

Segundo a imprensa, Lula disse a seus outros ministros que se sentiu traído ao ver as fitas de Dias circulando pelo local da destruição dos prédios dos Três Poderes por vândalos em 8 de janeiro. Questionado sobre o assunto, o general respondeu: "A imprensa divulga o que quer".

Segundo relatos, Lula teria pedido a Dias acesso a uma câmera de circuito interno que foi colocada no corredor que leva ao gabinete presidencial no Planalto. No entanto, o então ministro alegaria que a câmera estava quebrada e, portanto, não havia imagens do local durante os saques de 8 de janeiro.

Oeste conversou com o ex-ministro na tarde desta sexta-feira, 21, e perguntou sobre a declaração do presidente. Ele disse que estava "surpreso".

Além disso, o ex-ministro disse que o governo sabia de sua presença no Planalto. Segundo ele, as imagens internas do site são "da sua central de monitoramento" — ou seja, do GSI. Assim, o governo já estaria ciente de sua presença no local.

Gonçalves Dias presta depoimento na PF


Ontem, o ex-ministro depôs por mais de quatro horas na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. O general chegou ao local às 9h e saiu pouco depois das 13h30.

Na quinta-feira, 20, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu que a PF deveria questionar o ex-ministro em até 48 horas sobre sua atuação durante os atos de vandalismo ocorridos nos prédios da Tri Power.

Após a apresentação, Dias reiterou que "não tinha responsabilidade" pelos atos de saque.

"A presença na sede da PF é uma grande oportunidade para eu esclarecer os fatos que vêm sendo explorados pela imprensa", explicou o general. "Confio na investigação e nos tribunais para enfatizar que não tenho nenhuma responsabilidade, seja por omissão ou comissão, pelos eventos de 8 de janeiro."



Fonte: revistaoeste

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