"Começou": Ibama apreende 3 mil cabeças de gado em áreas embargadas na Amazônia; Assista o vídeo

“O Ibama vai continuar a reprimir esses locais até acabar com o desmatamento ilegal.

Foto/Reprodução
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Brasil - O Ibama já reconheceu mais de 3.000 bovinos na Amazônia. O valor apurado do rebanho supera 10 milhões em prejuízos para criadores locais que criticaram o prazo curtíssimo de 5 dias para realocar os animais.

Até o momento, 27 pessoas foram notificadas sobre a retirada de gado dessas áreas, que somam 25 mil hectares. O objetivo do embargo, segundo o governo Lula, é permitir a regeneração florestal, mas interesses pouco claros na ação são condenados por pequenos agricultores que competem com a JBS, polêmica campeã nacional do setor, que tenta monopolizar a atividade. . Ainda de acordo com o governo federal, se persistirem as irregularidades, novas autuações serão aplicadas e os rebanhos poderão ser confiscados e destinados a "programas sociais".

O Ibama também informa que, desde o início de abril, estão em andamento operações para confiscar gado criado em áreas já embargadas devido ao desmatamento ilegal na Amazônia. Segundo eles, todos os proprietários de terras rurais notificados não cumpriram o embargo, o que caracteriza o novo crime ambiental.

O evento foi batizado de "Operação Retomada" e está ocorrendo inicialmente nos municípios de Lábrea e Manicoré no Amazonas e em Pacajá no Pará, regiões com grande concentração de desmatamento. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 117 mil hectares foram desmatados nos três municípios em 2022.

“O Ibama vai continuar a reprimir esses locais até acabar com o desmatamento ilegal. Se o monitoramento por satélite apontar novas áreas críticas, a operação será ampliada”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

A operação está sendo realizada com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Corpo Nacional de Segurança Pública e pode envolver também abordagens de helicópteros com destino a propriedades para entrega de notificações aos produtores rurais.

Veja o vídeo:



Interesses pouco claros


A decisão do Ibama, que pode prejudicar pequenos produtores do sul do Amazonas, pode estar relacionada à estratégia do governo Lula em favor da JBS, que deve à China. Segundo levantamento feito pelo estúdio de inteligência de dados Lagom Data, encomendado pelo Observatório do Clima, uma coalizão de ONGs ambientalistas, a JBS é a maior devedora de multas ambientais, com 37 infrações totalizando R$ 26,7 milhões.

A empresa acabou fazendo parte de um grupo de empresários do agronegócio brasileiro que viajou à China no início deste mês para acompanhar os compromissos do presidente Lula, que acabou não viajando devido a uma pneumonia. A delegação, organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, levantou suspeitas do envolvimento de representantes de empresas que devem ao Ibama mais de 32 milhões de reais em multas ambientais.

A JBS, maior processadora de proteína animal do mundo, tem a ganhar com o confisco de gado de pequenos produtores do sul da Amazônia, que representam seu principal concorrente e um obstáculo ao seu monopólio no setor agrário. A medida também garantiria o lucro necessário para que o grupo pudesse pagar sua dívida com a China, além de garantir a própria influência chinesa nos países amazônicos, área rica em recursos minerais.

Leia também: 'Alô pobreza, adeus picanha': produtores do AM podem perder 500 mil cabeças de gado por causa do Ibama



Fonte: cm7Brasil

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