Benedito Gonçalves, ministro do TSE que cassou Deltan, foi alvo de denúncia na Lava Jato

Juiz teria proximidade com empreiteira acusada de corrupção

Segundo o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, Gonçalves tinha planos para se tornar ministro do STF | Foto: Foto: Reprodução/CNJ

Segundo o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, Gonçalves tinha planos para se tornar ministro do STF | Foto: Foto: Reprodução/CNJ


Benedito Gonçalves, relator do pedido de impeachment do agora ex-deputado federal Deltano Dallagnol (Podemos-PR) no Tribunal Superior Eleitoral, já foi alvo da Lava Jato por sua proximidade com Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira da OAS . , envolvido em corrupção.

Antes da ratificação da denúncia de Pinheiro, em 2019, foi aberto processo investigativo contra Gonçalves. A então Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, requereu o arquivamento, a extinção da responsabilidade penal e a prescrição, disse esta quinta-feira, 18.

Gonçalves foi, inclusive, alvo de denúncia ao Conselho Nacional de Justiça em 2015, também apresentada no ano seguinte.

Por unanimidade, TSE cassou o mandato de Dallagnol, deputado federal mais votado do Paraná e um dos símbolos da Lava Jato | Foto: Reprodução/Agência Brasil
Por unanimidade, TSE cassou o mandato de Dallagnol, deputado federal mais votado do Paraná e um dos símbolos da Lava Jato | Foto: Reprodução/Agência Brasil

Ao negociar a delação premiada, Pinheiro revelou que conheceu Gonçalves em 2013 e que se reuniu com o ministro para tratar de disputas judiciais sobre a OEA no Supremo Tribunal Federal (STJ). Até o início de 2014, Benedito julgava favoravelmente duas ações que a empresa tramitava no STJ.

“Na época, o ministro tentava obter apoio no meio empresarial para sua candidatura ao Supremo Tribunal Federal, e durante nossas reuniões trocamos algumas impressões sobre os rumos que ele deveria seguir em sua candidatura”, disse Pinheiro em nota. . declaração.

Em mensagens trocadas com o presidente da OEA, Gonçalves pediu-lhe “determinação e dedicação” ao seu “projeto”. Em reuniões, pedia a Pinheiro que falasse com políticos com quem se relacionava.

Pinheiro disse que, em 2014, a OAS contratou um tabelião, onde trabalhava o filho de um juiz no Rio de Janeiro, para serviços de verificação e reconhecimento de assinaturas, com pagamentos mensais da OAS de R$ 5 mil a R$ 7 mil.


Fonte: revistaoeste

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