Com comorbidades, preso de 70 anos permanece preso por 4 meses no dia 8 de janeiro

A defesa diz que a diretora aposentada não destruiu patrimônio público e que ela não tem família; um de seus filhos tem câncer


Iraci Nagoshi, de 70 anos, no Dia das Mães de 2022 | Foto: Divulgação

Iraci Nagoshi, de 70 anos, no Dia das Mães de 2022 | Foto: Divulgação


Ataques de ansiedade, sinais de depressão e perda de peso. Esse é o estado de Iraci Nagoshi, professora de português de 70 anos e ex-diretora. Ela está detida há quatro meses em Colmeia, Brasil, por seu envolvimento no dia 8 de janeiro.

Na véspera da manifestação, uma mulher de São Caetano do Sul embarcou em um ônibus com um grupo de pessoas e viajou para Brasília. No dia do protesto, ela estava na Praça dos Três Poderes e entrou no Palácio do Planalto. A advogada Jaysson França, que defende o Iraque, diz que o fez para escapar das bombas morais lançadas pela polícia e que não cometeu vandalismo.

Segundo Franca, Iraci teve que dividir uma pequena cela com mais de dez pessoas nas primeiras semanas em que esteve detida. No entanto, agora tem mais espaço devido à queda de mais itens. Ele continua dividindo o banheiro com os demais, exceto que toma banho com água fria e se alimenta mal.

Manifestações foram realizadas em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Wikimedia Commons

Manifestações foram realizadas em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Wikimedia Commons


“A família está preocupada com a saúde de Iraci devido a uma série de comorbidades que meu cliente tem”, disse o advogado. “Ele tem distúrbios passivos, diabetes, hipertireoidismo e dislipidemia. Não fizeram nem os exames que a gente pediu." França diz que iraquiano só começou a receber remédio para diabetes há um mês, depois de muita insistência da defesa.

O advogado disse ainda que o estado emocional de Iraci fica mais arrepiante quando ele lembra de Newton, o filho mais velho. O homem lutava contra um câncer desde 2019. “Mesmo assim, não é esperada a soltura dela”, observou França, lembrando que Iraci nunca esteve preso ou tem antecedentes criminais. “Mantê-la trancada é inútil. Outros detidos em situação semelhante conseguiram escapar."

Além de pagar Franca, a família apelou nas redes sociais ao publicar uma carta pedindo a soltura da mulher e a ajuda dos deputados. "Que a CPMI faça justiça e que sejam apontados os verdadeiros golpistas."

Foto: Divulgação
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Carta divulgada pela família | Foto: Divulgação
Carta divulgada pela família | Foto: Divulgação


Fonte: revistaoeste

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