Os parlamentares que ajudaram o governo a aprovar as novas regras receberam quase R$ 7 milhões
O texto-base da nova regra fiscal teve 372 votos a favor e 108 contrários na terça-feira 23 | Foto: Foto: Reprodução |
Os parlamentares que ajudaram o governo a aprovar o novo marco fiscal receberam, em média, três vezes mais em emendas do governo federal do que os parlamentares contrários à proposta. O texto básico da nova regra fiscal teve 372 votos a favor e 108 contra na terça-feira, 23 de abril.
Os parlamentares que ajudaram a aprovar o projeto receberam em média cerca de R$ 7 milhões de janeiro até o dia da sessão, enquanto outros arrecadaram R$ 2,3 milhões no mesmo período. A pesquisa foi realizada pelo jornal O Globo.
O levantamento leva em consideração 264 deputados que participaram da votação e também apresentaram emendas no ano passado que serão publicadas em 2023. Os deputados que foram eleitos pela primeira vez para o Congresso em 2022 não podem apresentar emendas parlamentares este ano.
As emendas individuais são executáveis, o que significa que o governo é obrigado a pagar. No entanto, o executivo pode controlar o ritmo de liberação de acordo com a pauta de interesses no parlamento.
Desse grupo de 264 deputados, 61 votaram contra o quadro fiscal, o equivalente a 23%. No entanto, aqueles que recusaram representam 37% daqueles que não receberam uma única coroa prometida.
Os que mais receberam
No PP, o relator do projeto de lei Cláudio Cajado (BA) lidera com R$ 15,3 milhões. O deputado Marx Beltrão (AL), outro voto favorável, vem em seguida com R$ 15 milhões.
Em republicano, abreviação de autoproclamado independente, a votação foi de 34 a cinco. Entre os deputados do partido, aparecem Aluisio Mendes (MA) com R$ 17,7 milhões e Hugo Mota (PB) com R$ 15,1 milhões.
O governo acelerou a liberação de dinheiro
Nas semanas que antecederam a votação do marco, o governo federal intensificou a emissão de emendas. Até o momento, quase R$ 2 bilhões foram destinados a emendas individuais de parlamentares federais. No total, já foram destinados cerca de R$ 3 bilhões, incluindo todos os tipos de mudanças.
Só no dia 9 de maio, o Planalto prometeu R$ 700 milhões a deputados e senadores. Dados da época revelaram que, além do próprio PT, os principais partidos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente PSD, MDB e União Brasil, foram beneficiados com a distribuição dos recursos.
Fonte: revistaoeste