Google reage após decisão de Moraes

Big tech negou impulsionamento irregular de conteúdo

Empresa foi acusada de impulsionar, manualmente, conteúdos negativos ao Projeto da Censura | Foto: Foto: Google/Flickr
Empresa foi acusada de impulsionar, manualmente, conteúdos negativos ao Projeto da Censura | Foto: Foto: Google/Flickr

O Google se pronunciou nesta terça-feira, 2, após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de incumbir a Polícia Federal de colher o depoimento do presidente da grande tecnologia no Brasil. A empresa foi acusada de inserir conteúdo negativo manualmente no projeto de censura.

“É importante realçar que nunca alteramos manualmente as listas de resultados para favorecer a posição de um determinado site”, refere a empresa numa nota obtida pelo Oeste. “Não ampliamos o alcance de busca de sites com conteúdo contrário ao PL 2630 em detrimento de outros com conteúdo favorável. Nossos sistemas de ranqueamento se aplicam de forma consistente a todos os sites, incluindo aqueles gerenciados pelo Google.”

A big tech lembra ao longo do texto que “os recursos utilizados já foram utilizados em diversas ocasiões, inclusive no apoio à vacinação durante uma pandemia e ao voto informado nas eleições”.

Nota do Google pós-decisão de Moraes

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF


"Apoiamos discussões sobre medidas para combater o fenômeno da desinformação." Todos os brasileiros têm o direito de fazer parte dessa conversa e, como tal, temos o compromisso de comunicar nossas preocupações sobre a Lei 2.630 de forma pública e transparente. Abordamos essas preocupações em campanhas de marketing em mídias tradicionais e digitais, incluindo nossas plataformas.

Também reforçamos esse posicionamento no blog oficial do Google e na página inicial da busca com uma mensagem com link para o PL 2630. São recursos que já utilizamos diversas vezes, inclusive apoiando a vacinação durante a pandemia e o voto informado nas eleições.

É importante observar que nunca editamos manualmente as listas de resultados para favorecer a posição de um determinado site. Não ampliamos o alcance de busca de sites com conteúdo contrário ao PL 2630 em detrimento de outros com conteúdo favorável. Nossos sistemas de ranqueamento se aplicam de forma consistente a todos os sites, incluindo aqueles gerenciados pelo Google.

Acreditamos que o projeto de lei e suas implicações devem ser discutidos de forma mais ampla com toda a sociedade. Assim como vários grupos e associações que se manifestaram a favor do adiamento da votação, entendemos que é necessário mais tempo para aprimorar o texto e nos colocamos à disposição dos deputados e do poder público para esclarecer qualquer dúvida sobre o funcionamento de nossos produtos."



Fonte: revistaoeste

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