O ex-vice-presidente da república e atual senador pelo Rio Grande do Sul está reclamando da decisão da Justiça Eleitoral
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O ex-presidente da república e atual senador pelo Republicanos do Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão, defendeu que o Congresso Nacional está trabalhando para reverter o impeachment do deputado federal Deltano Dallagnol (Podemos-PR). "Proibição imediata" foram as palavras proferidas por Mourão no plenário do Senado nesta quarta-feira, 17.
O pedido do senador foi endereçado ao presidente do Senado - e posteriormente do Congresso - Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Para Mourão, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Dallagnol foi "ilegítima".
"O momento nacional não permite silêncio, nem desabafos irresponsáveis e ultrajantes", disse Mourão. “A situação pede posições firmes e claras que transcendam os partidos para convergir no bem comum de uma democracia saudável e avançada como a brasileira, mas vive uma crise que não pode ser escondida ou ignorada”, continuou o senador.
No plenário do Senado, Mourão reclamou do que definiu como "descaso dos políticos" com decisões judiciais que, segundo ele, violam a constituição. Além disso, acusou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de promover um "desejo de vingança".
Por fim, Mourão disse que esperaria a decisão de Pacheco no Congresso para agir contra a condenação de Dallagnol.
Condenação contestada por Mourão
Deltan Dallagnol: mandato cassado pelo TSE | Foto: Reprodução/Agência Brasil |
O ex-promotor de Justiça e ex-coordenador da operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, foi eleito deputado federal pelo Podemos no Paraná em 2022 – inclusive, com mais de 300 mil votos, foi a melhor votação para este cargo no estado. Ele ocupou o cargo parlamentar até o início desta semana, mas o TSE cassou seu mandato. Na decisão, que terminou por unanimidade, o tribunal entendeu que ele havia tentado "burlar" a lei da tábula limpa ao deixar a Secretaria de Administração Pública sob risco de condenação em processo administrativo, segundo o tribunal.
Fonte: revistaoeste