O Projeto da Censura: Cade decide abrir processo contra Meta e Google

A plataforma negou ampliar o alcance de conteúdos contrários à proposta

A medida foi tomada nesta terça-feira, 2 | Foto: Divulgação/Google
A medida foi tomada nesta terça-feira, 2 | Foto: Divulgação/Google

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu entrar com uma ação contra a Meta e o Google. A intenção é investigar se essas plataformas, como YouTube, Facebook e Instagram, estão utilizando ferramentas ilegais contra a Lei de Censura (PL). A decisão da autoridade é desta terça-feira, 2.

A Superintendência-Geral do Cade detalhou no documento que estão em andamento procedimentos adicionais para analisar a atuação do Google e de suas empresas no país. O objetivo é apurar se houve violação de concorrência interesseira e anticensura.

“Dado o dinamismo da indústria e sua importância para a economia mundial, a autoarquia reconhece a necessidade de agir com rapidez e precisão, respeitando os poderes estatutários da autoridade antitruste”, afirma o Conselho.

Entenda o caso contra o Google

Ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu abertura da investigação | Foto: Divulgação
Ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu abertura da investigação | Foto: Divulgação

Na segunda-feira, 1º, o Google instalou um link em sua caixa de busca com a frase "Notícias falsas de PL podem piorar sua internet". Esse discurso direcionou os internautas para uma série de críticas ao projeto. Com a resposta ao artigo, o link foi removido.

Em resposta, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, obrigou o Google a informar que o link em sua página inicial era um anúncio e exigiu que a plataforma publicasse um texto adicional mostrando as "vantagens" do projeto.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) também emitiram ofício exigindo explicações sobre a plataforma.

Em nota, o Google negou ampliar o alcance de sites com conteúdo contrário à proposta em detrimento de outros com informações favoráveis. A empresa também disse que não altera manualmente os scorecards para determinar posições específicas. Meta não comentou o caso.

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Fonte: revistaoeste

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